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20 de Abril de 2024

Exército agiliza obras no país e as empreiteiras se queixam

Publicado por Alexandre Milazzo
há 9 anos

A eficiência, honestidade e a rapidez do Exército na execução de obras de construção e reforma pelo país estão incomodando as empreiteiras, que se queixam de “concorrência desleal” por parte da corporação.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, reclamou esta semana da participação do Exército Brasileiro em obras desenvolvidas pelo governo federal. “O setor da construção civil não vê com bons olhos a atuação do Exército em obras como duplicação de estradas e construção de aeroportos. Não há necessidade de os militares assumirem obras desse tipo”, disse. “O Exército é hoje a maior empreiteira do país”, reclama também João Alberto Ribeiro, presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias. Segundo ele, poucas construtoras no país têm hoje uma carteira de projetos como a executada pelos batalhões do Exército. No PAC, há 2.989 quilômetros de rodovias federais sob reparos, em construção ou restauração, com gastos previstos em R$ 2 bilhões. Destes, 745 quilômetros – ou R$ 1,8 bilhão – estão a cargo da corporação. “Isso equivale a 16% do orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes neste ano”, disse.

O general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, da Diretoria de Obras de Cooperação (DOC), do Departamento de Engenharia e Construção do Exército (DEC), rebateu as declarações dos representantes das empreiteiras e afirmou que “a atuação dos militares só ocorre quando é bom para o país e para a instituição”. O general declarou que “algumas das obras assumidas pelos militares eram consideradas prioritárias e estavam tendo problemas para serem tocadas pela iniciativa privada”. “A gente não pleiteia obras. Elas são oferecidas e aceitamos quando elas são importantes para o desenvolvimento do país e para nosso treinamento”, destacou. No auge das obras, 12 mil soldados atuaram na construção civil para o governo.

Ele lembra, por exemplo, que havia uma briga no consórcio vencedor da licitação para a duplicação da BR-101 e que as empresas fugiam do início das obras da transposição do São Francisco. A alegação para o retardamento do início das obras era que o canteiro ficava no polígono da maconha. O general conta que o Exército fez um trabalho social na área e que dois hospitais chegaram ser montados na região, para atendimento à população.

Obras do Programa de Aceleracao do Crescimento (PAC) estão sendo conduzidas pelos militares. Os militares receberam R$ 2 bilhões nos últimos três anos para executar duplicações de estradas, construção de aeroportos, preparar novos gasodutos e iniciar a transposição do Rio São Francisco. No total seriam 80 obras.

A transposição do São Francisco é o caso mais emblemático. Enquanto os trechos que ficaram sob a responsabilidade do Exército estão quase prontos, a parte que cabe às empresas privadas está atrasada ou paralisada. Em Floresta (PE), onde o percentual de execução não passa de 13%. Em outros lugares chega só a 16%. Nos trechos feitos pelo Exército, a obra avançou 3 vezes mais que os das empreiteiras no Eixo Norte (80% está concluída) e 5 vezes mais no Eixo Leste. Por sua vez as empresas privadas estão pedindo mais dinheiro para continuar as obras.

As empresas privadas, algumas delas organizadas em cartéis, depois de retardarem obras importantes para o país, de exigirem reajustes absurdos nos preços, criticam quando o Exército é acionado para garantir as obras prioritárias. Elas alegam uma suposta “concorrência desleal’. Segundo os empreiteiros, a participação expressiva dos militares “inibe o investimento e impede a geração de empregos”.

“O Exército não é um construtor. Quem pensa que vamos concorrer com as empresas está equivocado. Só atuamos para treinar nosso pessoal”, disse o general, que afirma que contrata empresas privadas para a construção de pontes e viadutos.

Os militares também fizeram obras para estatais – como as clareiras na selva para a construção do gasoduto Coari-Manaus, e para outros níveis de governo, como a atual construção do Caminho da Neve, estrada que Santa Catarina quer abrir para unir Gramado (RS) a São Joaquim (SC), favorecendo o turismo de inverno.

Estima-se que, quando concluídas, as obras entregues ao Exército terão um custo até 20% menor para os cofres públicos. “A corporação não pode lucrar com os serviços que presta”. Como emprega os próprios oficiais e soldados, já remunerados pelo soldo, o custo da mão de obra deixa de ser um componente do preço final da empreitada. Por tudo isso, o Exército está desempenhando um papel fundamental na infraestrutura necessária para o Brasil.

Fonte: https://exemplar3.wordpress.com/2015/04/11/exercito-agiliza-obras-no-paiseas-empreiteiras-se-queix...

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APRENDA A SE DAR BEM NO EXERCITO

Jairton Moura
O Exército Brasileiro goza de uma "boa credibilidade" perante a opinião pública, pela ignorância e desconhecimento do povo brasileiro. O público interno sabe a verdade, mais vive constrangido e amordaçado pela ausência de respeito e pela imposição do sistema de conceito e promoções dos militares, "o bom militar" não é aquele que ama a pátria e fala a verdade, mas aquele que se omite e se cala diante de tanta imundícia na administração pública militar. Quem falar a verdade estará sujeito a ser transferido para os piores lugares ou menos cobiçados, estará sujeito a ir parar no final da fila para ser promovido, isso quando não acaba na cadeia ou aposentado como louco. Quando acontece qualquer denuncia contra a má administração militar junto aos Órgãos Civis, estes tipos MPF (Ministério Público Federal, MPM) deixa para que os próprios Órgão Setoriais Militares Fiscalizem (tipo ICFex, SEF) . Parece uma piada, tudo sempre acaba em churrasco nos clubes dos oficiais. (São Farinha do mesmo Saco) (nada diferente dos políticos mensaleiros corruptos brasileiros)

“Ditadura é o regime que castiga seus adversários e proíbe a contestação das razões em que ela se procura fundar. Goffredo Telles jr”

“Ninguém ousa expor-se ao perigo de dizer às pessoas aquilo que não se quer que elas ouçam, ou seja, a simples verdade”. (Gianfranco Sanguinett)

O povo brasileiro precisa saber com detalhes como funciona as Licitações dentro do Exército. continuar lendo

“duas coisas o povo brasileiro precisa saber; lêr e obedecer, se eu fosse membro da academia brasileira de letras, eu propunha duas mudanças no alfabeto, nada substancial, a primeira mudança eu trocaria a letra a pela letra o, depois eu trocava a letra c pela letra d. dai em diante quando o povo brasileiro fosse aprender o “abc” tinha que aprender “obdc”. subtenente jairton, do 8º BPE continuar lendo

A reforma do auditório do 8º Batalhão de Policia do Exército, no Ibirapuera, custou aos cofres públicos a bagatela de R$ 567.000,30 (valor da Obra R$ 378.443,70 teve mais um aditivo de 50% no valor de 188.556,30) o que nos deixa perplexos e que o Auditório já estava construído, o piso para reforma foi doado pela 2ª Região Militar, Um Sgt da CCSv, junto com uns soldados da CCSv foi buscar o piso, os ar condicionados já faziam parte antes da reforma. e os Nossos Oficiais acrescentaram algumas poltronas, que tive aniciativa de fazer um orçamento não passou de R$ 30.000,00. o que é mais engraçado e que a 2ª ICFEx é tão míope que não consegue fiscalizar os seus Chefes, isso é o retrato do Exercito Brasileiro.
Ninguém toma providência, acho que nossos Chefes esqueceram que vivemos na era da transparência pública, (será que Algum Ministério Público vai descobrir como gastaram nosso dinheiro? esse é o"Exercito que defende a Patria" tem o Braço Forte" e alguns Oficiais a Mão Ligeira” quem sabe o braço amigo um dia chegue. (contrato nº 013/2009) continuar lendo